Publicado em 1 de março de 2013 às 11:35

5 dicas básicas para quem pretende fazer intercâmbio

O número de estudantes que optam por fazer intercâmbio é cada vez maior. As ofertas são muitas e se esforçam para parecerem muito atrativas. Entretanto, alguns fatores devem ser levados em consideração para que esta experiência seja realmente proveitosa e o custo-benefício valha a pena.

O preço e o curso – analise e desconfie

O preço final de um “pacote” deve ser analisado com cuidado. Assim como no Brasil, existem grandes diferenças entre as escolas e universidades nos outros países. Um preço muito baixo pode representar uma má infraestrutura, apesar de não ser via de regra.

Além da infraestrutura do local, deve-se pensar também na qualidade dos profissionais que oferecerão serviços aos educandos.

Algumas escolas se encontram na “lista negra da imigração”, por permitirem que estudantes possam trabalhar apesar do seu visto limitado, como é o caso de algumas universidades da Inglaterra, Irlanda e Austrália. Além de prejudicar o ensino, poderá ser um entrave na entrada para o país.

Um outro fator é a carga horária, que nem sempre é igual em todas as instituições. Uma aula pode variar de 45 a 60 minutos, então o que vale realmente é o tempo final de aulas e não a quantidade das mesmas. Assim como a quantidade de alunos dentro de uma sala de aula, que deve ser limitada para que todos tenham a oportunidade de participarem do processo de aprendizado e receberem a devida atenção de seus professores.

O mix de nacionalidades também é um fator importante, uma vez que deve ser evitada a convivência com outras pessoas de mesma língua materna, para que não haja alternativa de se comunicar senão a língua daquele país. Desta maneira, o estudante é forçado a falar a língua a ser aprendida. Não é raro, na Irlanda por exemplo, salas com 15 ou 20 estudantes, todos brasileiros.

Acomodações

Quanto às acomodações, deve ser escolhida aquela que se adéqua melhor ao perfil do estudante. Casas de família proporcionam maior contato com o cotidiano e as situações enunciativas, entretanto, regras deverão ser respeitadas. Caso o estudante não se dê bem em morar com uma nova família, as residências estudantis são uma boa opção, onde, inclusive, ele poderá aproveitar uma maior integração com estudantes de outras nacionalidades. Ainda há a opção, para quem pretende investir mais na viagem, de alugar um flat ou apartamento.

Para economizar, é importante pesquisar as melhores condições e benefícios oferecidos por pacotes, como, por exemplo, a carteira internacional do estudante, que oferece descontos em vários estabelecimentos no Brasil e no mundo. Na Europa, praticamente todo passeio cultural onde se cobra entrada fica mais barato com as carteirinhas.

O seguro saúde

Questões de saúde precisam ser pensadas, uma vez que problemas de saúde podem impedir que o estudante viaje. Para este caso, veja o que o contrato diz sobre o cancelamento da viagem.

Na contratação de uma assistência médica internacional, medida exigida em vários países e na maioria das alfândegas europeias, é importante analisar  a cobertura e sistema de utilização. É recomendável uma cobertura de EUR 30.000 (ou USD 50.000) os planos que não se restringem a uma rede específica de hospitais.

Traslados

Algo simples, mas não menos importante, é a locomoção do aeroporto ao local de hospedagem. Por estar em um país muitas vezes ainda desconhecido, é recomendado aos menores de idade que contratem um traslado, ou faça uso de um táxi, que pode sair mais barato. Ainda há uma opção ainda mais econômica, que seria utilizar o transporte público coletivo da região. Parecem obviedades, mas lembre-se que você é um estrageiro com limitações de comunicação, se informar ao máximo é crucial.

Informação é tudo

Por fim, algo muito importante é entrar em contato com pessoas que já passaram por essa experiência, para que o estudante possa tirar todas as suas dúvidas e obter recomendações específicas de cada país e empresa que mediará esta viagem.

Leia tudo o que conseguir sobre a cultura do novo país, sobre os hábitos das pessoas, sobre os preços, câmbio, emergências, transportes. E principalmente, seja tranquilo, não é um bicho de 7 cabeças e a experiência é inesquecível.

Estando tudo acertado anteriormente, o intercâmbio será muito mais proveitoso e útil e o estudante estará preparado para possíveis imprevistos.