Nesta época de fim de ano e férias, é grande o número de pessoas que viaja para destinos no Brasil e no exterior, mas nem sempre tudo sai como planejado. Pacotes de turismo que não atendem às expectativas, problemas com voos, serviços de transfer, locação de carros, tudo deve ser muito bem documentado para que o consumidor possa exigir o cumprimento dos contratos. O alerta é da advogada Cristiane M.L. Colombo, especialista em Direito do Consumidor.
Ela recomenda que o turista, ao perceber que o voo está atrasado, documente com fotos e até informações dadas por funcionários da empresa, justificando o fato. Todos devem guardar os descritivos do pacote, recebidos no ato da compra, e comparar com o que realmente foi oferecido na viagem, usando imagens para a documentação.
Hoje, nos aeroportos de todo o país, estão presentes unidades do Juizado de Pequenas Causas, Procon e os serviços de atendimento ao cliente das empresas de aviação. No caso das companhias aéreas, a advogada recomenda também utilizar os balcões da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil), nos principais aeroportos do país, para formalizar a queixa no ato. Não deixar para depois.
Segundo ela, hoje existem muitos caminhos para negociar com os fornecedores e chegar a um acordo para minimizar ou recompor as perdas. Alternativas bem melhores, menos onerosas do que ingressar com um processo na Justiça, o que poderia levar anos.
Para os que ainda não compraram os pacotes de férias, a dica é sempre buscar empresas conhecidas do mercado, seguir as referências de amigos e colegas que já experimentaram tais serviços e nunca acreditar em preços mirabolantes. É sempre bom desconfiar do que é barato demais, se comparado com a média do mercado.