Apesar do destaque que os acidentes com aviões de grande porte ganham nos noticiários, a maioria das tragédias ocorre com aeronaves pequenas.
Segundo um levantamento feito entre 2003 e 2012 pela Cenipa, o órgão de investigação da aviação no Brasil, das 1.026 fatalidades que ocorreram no período, 98% foram com aeronaves que não realizam voos comerciais regulares.
O setor também foi responsável pelo maior número de mortes: 518, no período analisado – o que corresponde a 59% do número total de mortes em acidentes aéreos.
A disparidade entre as fatalidades com aviões de pequeno e grande porte relaciona-se a quantidade numérica da frota dos dois setores: segundo dados da ANAC, apenas 3% das aeronaves registradas em 2013 eram de grande porte.
Outro motivo são os dispositivos de segurança, que em geral por restrições financeiras, tem menor instalação nas aeronaves pequenas e médias, o que as deixa mais vulneráveis as condições climáticas.
Além disso, há um grande número de aeronaves experimentais em uso no país. Projetadas para uso esportivo pelos próprios pilotos, elas são pouco seguras e acabam se envolvendo mais em acidentes. Em geral, as aeronaves certificadas (não experimentais) têm o mesmo nível de segurança e restrições metereológicas.
A aeronave Cessna, em que viajava o ex-candidato a Presidência da República, Eduardo Campos, é considerada extremamente segura.