O ministro-chefe da secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco, constatou que há atrasos em obras em vários aeroportos. Para ele, o maior problema, atualmente, é no aeroporto de Fortaleza, no Ceará, em que o ritmo vem sendo muito baixo. “Nós já estamos reunidos com o consórcio que executa a obra lá, que é o mesmo do Galeão, [no Rio de Janeiro], para que os problemas que existam possamos resolvê-los para garantir o cumprimento do calendário”, disse.
Segundo o ministro, o caso mais grave era no Aeroporto Internacional Galeão-Tom Jobim, mas o problema, de acordo com ele, já está equacionado. Moreira garantiu que os compromissos assumidos com as empresas que executam as obras serão cumpridos. “Com relação aos aeroportos da Copa, eu não tenho plano B. Eu só tenho plano A. O calendário está definido. Esses aeroportos precisam estar em condições de operar com capacidade para atender à demanda que teremos. Creio que esse problema vamos enfrentar com sucesso”, declarou.
Na avaliação de Moreira Franco, houve uma expectativa elevada em relação ao número de pessoas passando pelos aeroportos no período da Copa do Mundo, e quando vieram os números da Federação Internacional de Futebol (Fifa) foi possível verificar que a movimentação seria menor, do ponto de vista do uso das estruturas, que garantem a mobilidade das pessoas. “Um percentual muito alto dos ingressos está sendo vendido para pessoas que vivem na região metropolitana. Então a pressão sobre o sistema não é uma pressão que corresponda à expectativa gerada. Creio que quando tivermos a visita do papa Francisco, aí sim teremos uma situação que pressiona em um só ponto”, explicou.
Também com vistas à Jornada Mundial da Juventude, o ministro disse que a secretaria está se articulando para um esquema de atendimento nos aeroportos com mais agilidade, quando houver o fim do encontro. Segundo Moreira Franco, o check out nos hotéis será por volta do meio-dia e a tendência é das pessoas irem para o aeroporto. “No caso do Galeão a expectativa é de fazer uma área grande, com praça de alimentação e internet, para que os jovens que estejam esperando os voos não fiquem dentro do sítio aeroportuário até que possam tomar os seus voos sem que isso redunde em um agravamento da circulação dentro do aeroporto”, disse.
O ministro negou a possibilidade de mudanças no comando da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), conforme chegou a ser noticiado na imprensa. “Não há nenhuma articulação ou movimento nesse sentido. Seria absolutamente equivocado e até um pouco leviano se colocar às vésperas da Copa das Confederações uma notícia dessa que gera certa inquietação. Estamos trabalhando para garantir qualidade e eficiência. Basta os problemas reais que já temos no sistema aeroportuário brasileiro. Não vamos criar problemas desnecessários”, declarou.
Agência Brasil