A SES, uma empresa de satélites geoestacionários, está trabalhando para implantar equipamentos de internet banda larga nas aeronaves brasileiras. A previsão é de que até 2017 as companhias brasileiras já tenham a nova tecnologia. Atualmente, apenas algumas empresas internacionais oferecem o serviço para seus passageiros.
O vice-presidente da SES na América Latina, Jurandir Pitsch, revelou que as aéreas estarão envolvidas neste processo a partir do ano que vem. “Isso leva um certo tempo, pois é preciso instalar toda uma aparelhagem dentro dos aviões”, ele explica.
A instalação dos equipamentos demora de 2 a 3 dias e custa de US$ 250 mil a US$ 350 mil por avião. A velocidade máxima é de 80 megabites por segundo, 30 a mais do que a velocidade máxima do 4G no Brasil, por exemplo, que é de 50 megabites por segundo.
Duas etapas importantes na preparação para a implantação do serviço no Brasil foram finalizadas recentemente. Mês passado, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) autorizou o uso de aparelhos eletrônicos como celulares e tablets em modo avião durante todo o voo (mediante um pedido que deve ser feito pelas companhias aéreas e aprovado pela Anac). A autorização das montadoras Boeing e Airbus para que o equipamento seja instalado em suas aeronaves também já saiu.
“Temos mais de 50 satélites operando ao redor do mundo e 6 diretamente relacionados com transmissões para serviços no Brasil. Já estamos preparando outros satélites para incrementar esse tipo de serviço e melhorar ainda mais a receptividade dos sinais nos aviões”, afirma Pitsch.
Os satélites da SES também trabalham no setor de telefonia, oferecem serviço para emissoras de TV e transmissoras de canais por assinatura. Os novos satélites, que devem começar a funcionar em 2017, vão melhorar ainda mais o sinal de internet durante as viagens de avião.