Asas de silicone, energia solar, cockpit com hologramas: os aviões do futuro serão bem diferentes do que conhecemos. O projeto Saritsu (Smart Intelligent Aircraft Structures), financiado pela União Européia, coordenado pela Airbus e desenvolvido pelo Instituto de Tecnologia de Fabricação e Materiais Avançados Fraunhofer, criou um novo material para as asas de avião, tornando seu funcionamento mais parecido com as asas de um pássaro.
A substância criada mistura materiais sólidos e macios, é elástica e poderia diminuir o consumo de combustível em até 6% por se adaptar melhor as correntes de vento – redução que resultaria no corte da emissão de cerca de 42 milhões de toneladas de CO2.
A sustentabilidade na construção de aviões também apresenta outra novidade: o projeto Solar Impulse, que desenvolveu um avião para um passageiro movido completamente a energia solar. A luz que a aeronave absorve durante o dia alimenta quatro motores elétricos e é possível voar no período noturno com a energia acumulada.
Além disso, a Airbus apresentou uma patente que muda radicalmente o cockpit do piloto, extinguindo os vidros que existem ali. Os vidros de proteção são caros e sua forma compromete a aerodinâmica do veículo. No lugar deles haveria hologramas 3D projetados em painéis eletrônicos propiciando uma completa imersão do piloto no ambiente. Também poderia haver a troca da posição do deck voo para a cauda do avião ou para um local do compartimento de carga, poupando espaço no interior da aeronave.