Não são todas as pessoas que têm o privilégio de viajar de primeira classe.
Querendo ou não, é necessário uma situação financeira favorável para frequentar o espaço.
Dependendo do aeroporto por onde se embarca, os viajantes de classe econômica entram pela primeira porta do avião e precisam cruzar pelos luxuosos leitos da primeira classe até chegar ao fundo da aeronave e se acomodar em um apertado assento.
Por decorrência de casos como esse, um estudo do “Preceeding of the National Academy os Sciences”, dos Estados Unidos, demonstrou que quem viaja na classe mais simples sente “ódio” dos mais beneficiados.
Toda a averiguação foi realizada com passageiros anônimos que viajaram com uma grande companhia aérea, que também não foi revelada. Segundo a pesquisa, a “raiva aérea” entre passageiros é quase 400% maior em aviões que possuem o serviço de primeira classe.
Se os mesmos forem forçados a passarem pela parte, digamos, mais glamurosa do veículo, a situação piora. “Aviões são microcosmos de estratificação social, pois os ocupantes do setor mais barato são constantemente lembrados de sua condição social”, declarou o estudo.
Ainda de acordo com publicação, o que mais irrita os passageiros da econômica são o tratamento diferenciado, os confortos extras e as regalias nos embarques e desembarques. Por fim, a solução encontrada para acabar com a “guerra de classes” foi a implementação de portões de embarque/desembarque duplos:
“Coisas como cortinas divisórias, impedir acesso a banheiro e até mesmo o cheiro de biscoitos fresquinhos da primeira classe podem servir como lembretes de sua situação social às pessoas”, finalizou.