Se você acha que os números das frequências que operam pelo país são escolhidas aleatoriamente, está bem enganado!
Os códigos das companhias aéreas precisam seguir algumas regras criadas por uma agência regulamentadora. No caso do Brasil, é a Agência Nacional de Aviação (Anac) quem dá as ordens.
Basicamente, as normas estipulam que a numeração de cada voo deve ser composta por quatro números e precedidos pela sigla oficial da aérea.
Por exemplo, o JJ3104 da Latam que saiu de Congonhas com destino a Florianópolis. Repare que a sigla foi elaborada com duas letras, o procedimento é sempre realizado desta forma.
Para voos nacionais, a Anac disponibiliza a numeração de 1000 a 6999 e para os internacionais de 7000 a 8999. A fim de facilitar, cada companhia recebe um intervalo dentro dessa faixa de números para utilizar em suas operações. Confira tabela das companhias abaixo:
Mesmo não estando incluso na regra, a Anac sugere que as rotas de ida sempre tenham final par e os de volta terminem com número ímpar. Contudo, o aspecto pode mudar de empresa para empresa.
Vale ressaltar que as letras escolhidas, geralmente, lembram o nome da organização, o que facilita a procura por parte dos viajantes. Por outro lado, isso não ocorre com o Grupo Latam – sua representação acontece pelas letras JJ. A sigla da Avianca é AV ou O6, a da Azul é AD e da Gol é G3.
Superstição
Mesmo que passem 10 anos, os números de voos não costumam mudar. Entretanto, existe um fator que pode, sim, fazer com que essa numeração se altere. Você tem ideia do que seja? Não? São os temidos acidentes aéreos.
A maioria das companhias aéreas deixam de usar o código quando tragédias desse porte acontecem. Um exemplo de empresa que já realizou a mudança foi Tam. Em novembro de 2014, a organização alterou o sinal JJ3720 para JJ4732 após um vidente prever que um incidente aconteceria em Brasília, destino da rota.