Os funcionários do grupo Latam (das companhias brasileira Tam e da chilena Lan) anunciaram nesta segunda-feira (12) a possibilidade de greve durante a realização da Copa do Mundo, caso suas reivindicações de aumento salarial e melhorias nas condições de trabalho não sejam atendidas.
Os sindicatos de trabalhadores da Latam se reuniram segunda (12) e terça (13) no Rio de Janeiro, na sede da ITF (Federação Internacional dos Trabalhadores de Transporte) para discutir problemas dos empregados e possíveis soluções. A categoria está reivindicando um aumento de 10% referente ao vale-refeição e que o salário seja reajustado em 8%.
No Brasil o grupo Latam é representado pela Tam, porém a empresa também tem presença em outros países da América Latina, como Argentina, Peru, Chile, Paraguai, Colômbia e Equador. A empresa conta com 700 aeronaves e 55 mil funcionários. A manutenção dos aviões é feita principalmente no Peru. 70 aeronaves passam por manutenção mensalmente, 16 delas da Tam. Os trabalhadores peruanos recebem um salário até 50% mais baixo do que em outros países, como no Chile.
Segundo Sergio Dias, presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Ação Civil (Fentac), “o sindicato patronal interrompeu as negociações e as propostas não evoluíram”. Os sindicalistas afirmam que a Latam possui mil voos fretados para a Copa, contando também com voos vindos da Europa. Ainda segundo o presidente, o problema principal é o dos funcionários que trabalham nos aeroportos, os aeroviários, que cuidam das bagagens, dos guichês de embarques e das rampas, uma paralisação poderia causar atrasos e até cancelamento de voos durante o Mundial.
A Tam informou em nota que “não há ameaça oficial de greve no momento”.