Em comunicado, a Gol informou que paralisou temporariamente a operação em Caracas, na Venezuela. O motivo da suspensão é uma negociação com o governo venezuelano que vem se enrolando por meses.
Por um lado, a empresa brasileira pede a repatriação de recursos no valor de R$351 milhões, que estão recluso no país. Na semana passada, a companhia afirmou que a decisão vai durar até a questão dos valores seja resolvida. Contudo, não existe uma data para que isso aconteça.
As empresas são obrigadas a vender passagens em bolívar, moeda local da Venezuela. O dinheiro arrecadado é usado para pagar os gastos locais. O excedente deve ser convertido em dólar para ser repatriado – o que não ocorre.
De acordo com a Associação Internacional do Transporte (Iata), as empresas de aviação em todo mundo têm US$3,9 bilhões retidos na Venezuela. A situação é tão séria que outras cias, como Alitalia e Air Canada, também suspenderam os seus voos para a cidade pelo mesmo motivo.
Ainda segundo a nota da Gol, os viajantes afetados serão reacomodados em voos de outras aéreas.