Única companhia na história da aviação a ter que lidar com dois desastres num intervalo tão curto de tempo, o futuro da Malaysia Airlines é incerto. A empresa já vinha enfrentando dificuldades financeiras há muitos anos, mas, em março, o desaparecimento do voo MH 370 e a falta de soluções para o caso agravaram ainda mais a situação: nos últimos nove meses, o valor de mercado da companhia já caiu mais de 40%.
Cinco meses depois, a empresa enfrenta o abatimento do Boeing 777 na Ucrânia e pode estar cada vez mais próxima da falência. Além do prejuízo gerado pelos dois acidentes, a imagem da empresaficou muito comprometida: primeiro no oriente e agora também no ocidente. Apesar do apego dos malasianos à companhia, que deve continuar forte domesticamente, os voos internacionais devem ficar comprometidos devido à falta de confiança na companhia.
Além diso, a empresa lida com problemas de caráter intangível, sobretudo no mercado asiático: muitos orientais são superticiosos e tendem a evitar a companhia, acreditando que ela está amaldiçoada.
As ações da Malaysia já cairam em 11% no pregão e economistas prevem que, se não houver uma intervenção, a companhia deve falir em menos de um ano.