Se alguém perguntasse a alguns meses atrás qual era a transportadora dona do título da frequência mais longa do mundo, com certeza, os apaixonados pela aviação, responderiam a Emirates Airlines, não é mesmo? Pois bem, a partir de agora, os ventos são outros – literalmente.
Uma mudança estratégica fez com que a Air India se tornasse a nova proprietária do voo mais extenso que existe no setor comercial. Veja os 10 voos mais longos.
Até o começo deste mês, a companhia já tinha a segunda colocação no ranking – medido por distância – por trabalhar a operação entre Nova Deli, na índia, e San Francisco, nos Estados Unidos, viajando por cima do Oceano Atlântico.
Air India assumiu o primeiro lugar no pódio, mas não por muito tempo
Contudo, a indiana mudou a direção, e passou a realizar o voo por cima do Oceano Pacífico. Com a alteração, foi adicionado mais 1.400 quilômetros para percorrer entre os dois municípios.
POR QUAL MOTIVO A ROTA FOI MODIFICADA?
Apesar do aumento na distância, o voo ficou cerca de duas horas mais rápido. Dá para acreditar? A partir de agora, o tempo total de viagem é 14 horas e 30 minutos.
De acordo com a transportadora, isso foi possível por conta dos ventos em altitudes elevadas. Quando sobrevoava o Atlântico, o avião enfrentava ventos de frente que diminuíam a velocidade em relação ao solo, em média, em 25 km/h. Já pelo Pacífico, os ventos são mais fortes e seguem na mesma direção do voo. Com isso, o avião é empurrado pelos ventos e a velocidade em relação ao solo aumenta, em média, em 140 km/h.
Mesmo com 1.400 quilômetros, voo ficou mais rápido. Dá para acreditar?
“O planeta Terra tem a sua rotação do leste para o oeste, e as correntes de vento também seguem esta direção”, comentou executivo da Air India. “Por conta disso, voar para o Oeste significa enfrentar uma série de correntes de vento de frente, o que derruba a velocidade media da aeronave, enquanto voar ao Leste significa se beneficiar das correntes de vento”, finalizou a companhia, em nota.
Fora economizar no tempo de frequência, A Air India, que utiliza na rota o Boeing 777-200ER, também vai poupar combustível. Estima-se que, a cada hora de voo, o avião consuma cerca de 9.600 litros de combustível, portanto, uma operação mais rápida vai permitir um controle significativo à empresa.
NOVA DISPUTA PELO PÓDIO
Com a novidade, em termos de distância, a Air India tirou o título da Emirates Airlines que, até então, realizava o voo entre Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, e Auckland, na Nova Zelândia. O voo percorre 14,3 mil km em 16,5 horas.
Sigapore Airlines vem para assumir o ranking
Por outro lado, a Air India vai permanecer no lugar mais alto do pódio por pouco tempo. É isso mesmo. A Singapore Airlines já anunciou que, a partir de 2018, pretende realizar a rota entre Cingapura e Nova York. O percurso total de 16,5 mil km deverá ser percorrido em 19 horas com o Airbus A350. *Informações são do “Todos a Bordo”.
