Aconteceu hoje (26) o Seminário de Operadores de Aeroportos Brasileiros, onde Gustavo do Vale, presidente da Infraero, afirmou que os aeroportos nacionais darão conta da demanda imposta pela Copa do Mundo. Para justificar seu otimismo, do Vale argumenta que os terminais têm apresentado boa performance em eventos esporádicos de grande porte, como o Círio de Nazaré, no Pará, o réveillon no Rio de Janeiro e o Carnaval de Salvador.
Apesar deste otimismo, o cenário requer atenção: a 200 dias da Copa do Mundo, ainda é necessário investir R$ 2,3 bilhões em obras nos aeroportos. O único que está pronto, até o momento, é o aeroporto de Recife (PE). A Infraero ainda está fazendo intervenções nos aeroportos de Fortaleza (CE), Salvador (BA), Natal (RN), Curitiba (PR), Porto Alegre (RS) e Cuiabá (MT), além dos que já foram leiloados à iniciativa privada: os de Manaus (AM), Confins (MG) e Galeão (RJ).
Do Vale afirma, ainda, que as obras nos aeroportos de Curitiba e Porto Alegre não estarão completas até a Copa. Já no aeroporto de Cuiabá, as obras estão em ritmo acelerado, visto que este é o que mais preocupa. Segundo do Vale, a proposta é triplicar sua capacidade de receber passageiros.
Um ponto destacado pelo presidente da Infraero é o aprendizado obtido com a realização de eventos de grande porte no Brasil, como o Rock in Rio, Jogos Mundiais Militares e o grande teste: Jornada Mundial da Juventude. Segundo ele, o Rock in Rio deu uma ideia sobre o transporte de cargas: foram dois Boeings 747 só para levar os equipamentos de som. O evento também aumentou em 80 mil o número de passageiros recebidos nos aeroportos.
Os Jogos Mundiais Militares foram considerados um ensaio para as Olimpíadas, dando uma prévia da dificuldade de transportar equipamentos e cargas. Já a Jornada Mundial da Juventude levou dois milhões de pessoas à cidade do Rio de Janeiro. Em um dia, os dois aeroportos locais, o Galeão e o Santos Dumont, receberam para o evento 110 mil passageiros – o equivalente ao público de quase dois Maracanãs.
