Em reunião realizada na última sexta-feira (11), no Sindicato de Engenheiros de São Paulo, o secretário-executivo da Aviação Civil (SAC), Guilherme Ramalho, disse que os aeroportos do país terão condições de receber e servir passageiros durante a Copa do Mundo. Ramalho informou que os aeroportos possuem um cronograma adequado às obras e estão a caminho de atingir a meta de melhorias.
Quando questionado a respeito do Aeroporto Internacional Pinto Martins/Fortaleza, cujas obras de amplicação não serão concluídas a tempo, ele afirmou que a construtora contratada pela Infraero levará punições. É a obra em aeroporto mais atrasada do país, onde deveriam estar trabalhando 800 funicionários, e não 50, e apenas 20% do total está pronto. Mas, enquanto a obra continua, provavelmente até 2017, será adotada uma estrtura de operação temporária durante a Copa.
No encontro, ainda foi destacado o desafio de continuar o processo de modernização da infraestrutura aeroportuária brasileira. Em comparação, o secretário-executivo disse que, enquanto o Brasil possui, atualmente, 100 milhões de passageiros e 120 aeroportos, os Estados Unidos têm 530 aeroportos e 1 bilhão de viajantes por ano. Há um projeto para incentivar este modal como transporte no Brasil, que já é o principal meio de integração do país.
Ramalho diz que as obras em aeroportos brasileiros devem continuar nos próximos 20 anos, pois, pensando além da Copa, que é, evidentemente, uma questão prioritária, é necessário um plano de expansão da infraestrutura aérea em todo o país. O brasileiro viaja muito mais hoje, e esse índice cresceu rapidamente nos últimos anos. Segundo ele, em dez anos, de 2003 a 2013, houve um crescimento médio de 11% ao ano. Entre 2011 e 2014, o investimento foi de R$ 5 bilhões. Para o chamado Plano de Regionalização, a previsão é melhorar a situação em 255 aeroportos e inaugurar outros 15 em cidades que ainda não têm terminais.