O acompanhamento dos preços e a comercialização de passagens de avião para o período da Copa do Mundo será intensificado pelo governo, que também autorizará mudanças nos voos pelo país durante o período do evento esportivo, conforme ficou definido hoje em uma reunião em Brasília.
Durante o encontro do comitê interministerial liderado pela Casa Civil para acompanhar as tarifas e a qualidade dos serviços aeronáuticos no Mundial 2014, ficou acertado que o monitoramento mensal que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) realiza sobre o setor passará a ser quinzenal.
“Os voos (no Brasil durante a Copa) ainda vão ser ofertados. As empresas não têm todas as informações sobre a Copa”, declarou a jornalistas o presidente da Anac, Marcelo Guaranys.
Segundo ele, apenas após o sorteio dos grupos que serão formados pelas seleções concorrentes, previsto para 6 de dezembro, é que as empresas terão um panorama mais claro de como deverão distribuir suas aeronaves.
“Apuramos que até agora foram vendidos menos de 0,1% dos bilhetes (aéreos)”, disse Guaranys, que garantiu: “Vamos trabalhar com os demais órgãos do governo para coibir qualquer abuso”.
Remanejamento
O comitê interministerial também entendeu a necessidade de aceitar mudanças na operação da malha aérea nacional durante a Copa, pois as empresas de aviação acreditam que será um período atípico acompanhado por demandas inesperadas.
“Temos uma preocupação não só com quem estará se locomovendo para os jogos. Vários brasileiros estarão se deslocando devido às férias”, lembrou a titular da Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça Juliana Pereira da Silva.
As companhias se comprometeram a apresentar propostas para a Anac até 20 de dezembro, duas semanas após a definição das chaves para a competição.
Por sua vez, as empresas aceitaram publicar em seus sites avisos referentes a que as rotas para a Copa do Mundo só serão conhecidas em janeiro.
O secretário-executivo da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Guilherme Ramalho, que também participou da reunião, reafirmou que a Comissão Nacional de Autoridades Aeroportuárias (Conaero) está encarregada de discutir o planejamento para o transporte aéreo durante o evento.
“A Copa é uma grande vitrine para o país. Temos que tomar as medidas para evitar que seja uma vitrine negativa”, destacou.
O presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Eduardo Sanovicz, garantiu que as companhias atuarão de forma satisfatória e com preços dentro da normalidade.
Ele voltou a rejeitar a imposição de um teto tarifário para o setor e disse que: “Na última década, com a liberdade tarifária, os valores das passagens caíram cerca de 50%. Passamos de 30 milhões para 100 milhões de passageiros. E nossa meta é alcançar os 200 milhões em 2020”, disse.
Também participaram da reunião desta quinta-feira representantes da Casa Civil, dos ministérios de Justiça, Fazenda e Esporte, da Embratur, do Conselho Administrativo de Defesa Econômica e das companhias TAM, Gol, Avianca e Azul.
Fonte: SAC/PR