O seminário Aviação em Debate, realizado em Brasília, encerrou com um balanço feito pelos executivos das quatro companhias aéreas que participaram dos dois dias de debate: GOL, TAM, Azul e Avianca Brasil. Os representantes das quatro empresas aéreas discursaram sobre um cenário de crise, diante da alta do dólar.
A questão do efeito da alta do dólar já havia sido debatida na abertura do painel pelo presidente da Associação Brasileira de Empresas Aéreas (Abaer), Eduardo Sanovicz. Durante seu discurso, ele afirmou que as empresas aéreas tiveram um início de ano muito difícil, uma vez que 60% de seus custos são em dólares.
Para Tarcísio Gargioni, vice-presidente da Avianca, existe uma pressão causada pela alta do dólar. Segundo ele, a crise deve passar; porém, “a questão é saber quando ela passará”. Patrizia Xavier, representante da Azul, disse que a companhia apostou na aviação regional e vê a concessão de aeroportos como boa notícia no momento de crise.
O vice-presidente da GOL, Alberto Fajerman, analisou o ano de 2015 como um ano de ajustes, no qual é possível reencontrar o caminho do crescimento no final do ano ou no início de 2016. Ele ainda lembrou sobre uma possível redução no preço dos combustíveis para a aviação, que teria sido esperada após a queda do preço do barril do petróleo, mas que não ocorreu pela alta da moeda norte-americana.
Assim como o Fajerman, Basílio Dias, da TAM, também demonstrou um lado mais otimistas. Isso se deve principalmente pela TAM estar comemorando um aumento do load-factor da empresa em fevereiro, tanto nas rotas domésticas, quanto nas internacionais.