O governo pretende reduzir o papel da Infraero nos próximos contratos de concessões de aeroportos que devem ser assinados no primeiro semestre de 2016. Diferentemente dos dois primeiros lotes de concessão de terminais aéreos, os próximos contarão com um percentual menor do que os 49% anteriormente estabelecidos, explicou o ministro Eliseu Padilha, da Aviação Civil, à Agência Brasil.
Segundo o ministro, a medida já estará valendo para as concessões dos aeroportos de Porto Alegre, Salvador e Florianópolis, já que é uma forma de o governo, em momento de arrocho fiscal, conter seus gastos.
Padilha ainda acrescentou que, com o início do processo de concessão, viu-se necessária uma reformulação da Infraero, para que a estatal tenha “condições de sobreviver com sua própria atividade”. Uma das estratégias é não colocar sob concessão três importantes aeroportos que vão garantir uma receita mínima à Infraero: Congonha, Santos Dumont e Manaus.
Nos próximos dias deve ser anunciada a criação de subsidiárias dentro da empresa. “A Secretaria de Aviação Civil e o Ministério do Planejamento já têm posição consolidada para que a Infraero crie subsidiarias. Ela será a acionista controladora de três subsidiárias: a Infraero Serviços, [Infraero] Participações e [Infraero] Navegação Aérea”, explicou Padilha.