O visual já é mais que conhecido e também o sonho de muitas pessoas: mar turquesa, resorts de luxo e recifes de coral.
Férias no paraíso é a principal atração das Maldivas, e o peso do turismo no PIB nacional – de 30% – não deixa mentir. Mais surpreendente é a taxa de alfabetização: 98,4%. Tendo também o 26º posto no ranking mundial de investimento em educação.
O país é o mais pequeno da Ásia e igualmente o menos populoso, com cerca de 393 mil habitantes espalhados nas 200 das suas 1192 ilhas.
Ciente do efeito do aquecimento global na subida do nível do mar e do risco de desaparecimento do país, o ex-presidente Mohamed Nasheed prometeu eliminar as emissões de carbono e criar um plano para a compra de terra firme nos países vizinhos.
Contudo, a situação política mudou e, recentemente, veio à tona o aparecimento de petróleo nos recifes.
Um aviso aos viajantes: nas Maldivas vigora a lei Sharia. Para quem não sabe, a norma é um termo árabe que significa “caminho”, mas, que historicamente, dentro da religião islâmica, é empregado para se referir ao conjunto de leis da fé.
Em outras palavras, a Sharia é um conjunto de regras que rege todos os aspectos da vida de um muçulmano. A questão é que há os princípios fixos (que versam sobre questões mais pessoais, como casamento, ritos religiosos, heranças etc.) e princípios mutáveis (como, por exemplo, penas para diferentes tipos de crimes), que podem ser interpretados e aplicados de acordo com a vontade do país.
Segundo um dos artigos da Constituição das Maldivas, “um não-muçulmano não pode se tornar um cidadão” do local. Só para se ter uma noção, políticas mais rígidas foram impostas até aos turistas, após alguns serem descoberto com Bíblias no arquipélago.
As condutas proíbe o álcool fora dos resorts, nudez e drogas são ilegais, homossexualidade dá cadeia e liberdade de religião não existe. Enfim, quem disse que o paraíso é perfeito?