Não dá para negar que o Rio de Janeiro deu um espetáculo de acessibilidade durante as Paralímpiadas 2016, não é mesmo?
Até mesmo o terminal mais movimentado do município, o RIOgaleão, montou uma operação para transportar todos os atletas e telespectadores especiais.
Com o fim do evento esportivo, diversas foram as lições de superação deixadas pelos verdadeiros heróis olímpicos.
No entanto, é possível perceber que não são todos os lugares que possuem acesso apropriado para os viajantes inclusivos, contudo, neste caso, a acessibilidade não é um privilégio, mas, sim, uma necessidade.
Nos últimos anos, o Ministério do Turismo investiu R$75 milhões em obras que oferecem estruturas adaptadas para o setor, além de uma cartilha com dicas para atender bem turistas com deficiência.
Mas será que aqui no país os destinos turísticos realmente oferecem toda essa disponibilidade para quem precisa? O “Guichê Virtual”, plataforma de venda de passagens rodoviárias online, elaborou um guia com cinco estados que apresentam um grau satisfatório de acessibilidade. Veja quais são eles:
Foz do Iguaçu, no Paraná
Foz do Iguaçu, localizado na fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai, é um dos destinos turísticos que oferece maior possibilidade de acesso para portadores de necessidades especiais. A cidade foi pioneira no turismo de inclusão. Os pontos turísticos contam com diversas passarelas para cadeirantes, até mesmo para a Garganta do Diabo, considerada a queda com maior fluxo de água de todas as Cataratas do Iguaçu, com 70 metros de altura e 3 quilômetros de largura. Até salto de paraquedas para pessoas com deficiência física é possível encontrar.
Salvador, na Bahia
A capital da Bahia, além de festeira, é também conhecida pelo turismo de inclusão. No Centro Histórico de Salvador todo mundo é convidado a conhecer a mistura de passado e presente do município. A rota de acessibilidade permite que os 700 mil soteropolitanos, os mais de 3 milhões de baianos e os milhares de turistas com mobilidade reduzida tenham acesso às principais ruas do Centro Antigo e ao Pelourinho. O percurso conta com rampas, calçadas ampliadas e ruas adaptadas. Uma das atrações do destino baiano, o Museu de Arte Sacra, também tem acesso para idosos e cadeirantes, graças aos elevadores e à ampliação dos corredores.
Uberlândia, em Minas Gerais
Considerada uma das 100 cidades em acessibilidade no ano de 2010, a cidade mineira de Uberlândia tem uma lei que garante que todas as obras de uso público sejam vistoriadas pelo Núcleo de Acessibilidade antes de serem colocadas em prática. No transporte não é diferente, com 100% dos ônibus acessíveis. Nas ruas, mais de 500 rampas garantem melhor mobilidade de turistas e locais com deficiência.
São Paulo
Se tem uma coisa da qual São Paulo pode se orgulhar é do avanço quanto a mobilidade urbana e a acessibilidade. Desde 2011, os prédios do Memorial da América Latina são completamente acessíveis a qualquer pessoa. A fundação foi incluída recentemente no Guia Turismo Acessível, no qual estão outros 311 locais turísticos acessíveis da capital paulista. Entre eles está o Museu do Futebol, que tem audioguias para cegos, totens em braile, maquetes táteis e imagens em relevo, piso tátil e acesso para cadeirantes durante toda visita guiada.
Fortaleza, Ceará
Em março deste ano, a capital cearense lançou um projeto que disponibiliza esteiras e cadeiras anfíbias para idosos, pessoas com deficiência e mobilidade reduzida. As praias também oferecem estrutura para vôlei e frescobol adaptados, cadeiras e mesas cobertas com toldos, banheiro acessível e itens de segurança. Já no calçadão, foram instaladas rampas acessíveis, faixa de pedestre, vagas públicas para pessoas com deficiência e uma academia ao ar livre com estação de exercícios físicos exclusiva para cadeirantes. *As informações são do “Estado de S.P”.
